Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Duas Bloggers, Duas Histórias, Uma Doença : A Anorexia.

Duas bloggers, irmãs na doença, juntaram-se num só blog para contarem as suas vitórias. O nosso objectivo será sempre ajudar (se possível) quem esteja a passar por esta doença... a anorexia!

E como se juntam duas bloggers que não se conhecem?

Bem, este post é uma surpresa á nossa Catarina... uma espécie de homenagem á guerreira que ela é e que admiro imenso! 

 

Vamos começar pelo princípio, certo? Pois bem, ambas já interagiamos no blog pessoal de cada uma sem sabermos da história de vida uma da outra, já tínhamos criado até alguns laços com o tempo. Um dia, uma rapariga, a Goretti, pedia nos blogs que a ajudassemos na sua tese, contando problemas alimentares. Eu, que nem sou nada desbocada, partilhei um pouco da minha história e a Catarina comentou que também tinha passado pelo mesmo. Trocamos histórias de vida e foi assim que nasceu esta irmandade.

Pouquíssimo tempo depois, fui contactada pela rtp para ir contar a minha história. Como estava a terminar o meu estágio não podia estar a pedir dias para lá ir e achei que a Catarina seria perfeita para nos representar. Contei á pessoa,  contactei a Catarina (claro!) e ela acabou por ir. Foi super prestàvel, embora estivesse nervosa. E acham que haveria alguém melhor para nos representar que uma pessoa que passou pela doença e agora é uma mãe babadona destas? Não! A Catarina era perfeita para falar por nós. (E esteve tão bem.)

E assim foi. No fim, tanto ela como eu achamos que nos soube a pouco, que abordaram pouco o assunto e que este tema merecia ser mais divulgado. Foi assim que nasceu o desejo de criar este blog. Após uns meses a falar, de pesquisas, de muito trabalho na escolha do nome e de como iríamos fazer isto, foi criado este menino. E já lá vai quase um mês e com um feedback fantástico. Obrigada a todos por isso!

 

Bem, vamos ao que interessa. Isto será sobre a Catarina. É um agradecimento da minha parte a esta pessoa fantástica. E porquê? Porque a admiro imenso , não só por causa do seu passado e do seu presente mas por ser sempre uma pessoa disponível para tudo e que tem ideias fantásticas que eu não teria. É por ela que este blog acaba por ter mais vida.

Obrigada minha linda, não poderia ter conhecido uma ''irmã na doença'' mais atenciosa e simpática. 

 

 E agora, convido-vos a ver a nossa Catarina no programa "Agora Nós" a dar a voz por nós. Obrigada Catarina ( Ela esteve tão bem, não esteve???)

 

Cá está o link:

http://media.rtp.pt/blogs/agoranos/artigos/viver-com-anorexia_8288

 

O início - Vânia

Ao contrário da Catarina, não tive propriamente um ''início'' desta doença. Desde sempre que me recordo de não gostar de comer e de deitar a comida fora -mesmo que fosse só um iogurte! Nunca tinha fome e quando era obrigada a comer inventava mil e um truques para não o fazer ou deitar a comida fora. (Acho que posso dizer que começou desde pequena e que acentuou em adolescente.)

Na minha adolescência tive um desenvolvimento tardio e era daquelas miúdas cujas ''pelosidades'' eram mais escuras e a minha mãe achava que eu era demasiado nova para começar a fazer depilação. Comecei a ser vítima de gozo por parte de alguns colegas de escola (eu sei que eram brincadeiras mas estava demasiado sensível para ver isso). Era também muito magra e não tinha ainda peito, ao contrário das minhas amigas que já eram todas desenvolvidas. Confesso que comecei a odiar o meu corpo, a ter nojo de mim mesma, a achar que era um monstro - sim, seria essa a palavra certa na altura!

Ao contrário da Catarina, nunca fui das meninas populares. Fui sim das que eram gozadas por não ser como as outras, embora tivesse muitos amigos e fosse bastante sociavel. Hoje sei que eram somente aqueles comentários que dizem por brincadeiras- eram rapazes! Basicamente eram comentários em brincadeira a dizer que saia ao meu pai, que se tinham enganado e que eu não era rapariga. Sorria quando diziam isso mas depois ia chorar para a casa de banho da escola, sozinha. Nunca desabafei com nenhuma amiga pois tinha vergonha... e tinha medo de ser ainda mais gozada!

Uns anos mais tarde, o meu peito, rabo e coxas desenvolveram imenso. Isso fez-me ganhar uns quilos valentes. Comecei a odiar ainda mais o meu corpo, ganhei estrias e apanhava rapazes a olhar para o meu rabo, principalmente. Na minha cabeça, eles achavam-me horrível e iriam gozar comigo. Já tinha sido gozada antes, porque seria agora diferente?

Além disso, as minhas amigas usavam o 36 e 38 e eu lá andava nas minhas calças 40 e 42... Eu, a gorda!

Seguiu-se assim a minha ''dieta'' - comer meia maçã por dia. Somente e apenas a minha meia maçã...

O inicio - Catarina

Nunca gostei muito do meu corpo. Não sei bem porque mas a verdade é que nunca me senti à vontade com ele. No entanto vivia feliz, era uma autêntica maria rapaz. Adorava jogar à bola, ao berlinde, ao mata, subir às árvores, etc. Por volta dos doze anos o meu corpo mudou e a minha vida tomou um rumo diferente. Deixei de ser a companheira dos rapazes porque passei a ser alvo de admiração. Não me pude juntar às raparigas porque nunca fomos muito amigas e para além disso eram demasiado infantis para mim.

Deixei de ser uma rapariga que se dava bem com todos. Eu continuava a querer dar-me bem com todos mas os rapazes já não me tratavam da mesma forma. Nunca me achei bonita nem interessante mas o facto de ter desenvolvido corpo de adolescente primeiro que as outras transformou-me numa garota popular. O problema é que eu não queria ser popular. Não queria ver os meus amigos lutarem porque um deles me acertou com uma bola e me poderia ter aleijado. Não queria ter que cumprimentar a escola toda quando entrava e ser apresentada a rapazes a toda a hora. Aos doze passava perfeitamente por dezasseis pelo que podem imaginar que a atenção vinha de todas as faixas etárias.

Aos treze eu e uma das minhas poucas amigas apaixonamos-nos pelo mesmo rapaz. Eu ganhei o rapaz mas afastei a amiga embora esta me tivesse dito que não havia problema. Mais tarde no verão fiquei um mês na terra do meu pai. Ao longo deste tempo foram passando visitas. Umas das visitas foram uns primos que acabaram por deixar connosco o enteado do meu primo. Ele era mais novo do que eu mas sempre nos demos muito bem. Tornamos-nos inseparáveis, jogávamos cartas, passeávamos, conversávamos. Senti que tinha ganho um amigo para a vida até que regressamos a Lisboa e nunca mais tive noticias dele. Estranhei o facto de se afastarem de um momento para o outro, vim depois a saber que regressou de férias apaixonado por mim e a mãe achou por bem impedi-lo de me ver. Mais uma vez perdi um amigo e senti-me sozinha.

Ao chegar aos quatorze vi-me numa relação sem perceber bem como. Nunca amei o rapaz em causa mas tinha muita pena dele. Conheci-o e aos poucos fui sabendo da história familiar dele. Sofrimento atrás de sofrimento e não fui capaz de lhe causar mais desgosto. Contudo depressa percebi que nunca o iria amar, a nossa relação iria basear-se no facto de sentir pena dele o que não era aceitável para nenhum dos dois. Ao mesmo tempo conheci o meu marido e percebi que não poderia continuar com aquela farsa.

Acabei o namoro, a noticia espalhou-se e no dia seguinte já tinha o meu homem à perna.Poderiam ser tempos felizes mas a verdade é que não foram. O meu ex ligava-me todos os dias alcoolizado. Chorava e pedia-me para voltar para ele. Perguntava-me o que tinha feito de mal e ameaçava matar-se. Eu morria de medo que se matasse afinal a mãe dele já o tinha feito e tinha sido ele a encontrá-la. Temia o que seria dos três irmãos mais novos se ele fizesse uma loucura. Sentia-me mal, sentia-me lixo. Afinal eu tinha trazido aquilo para a minha vida. Eu tinha brincado com os sentimentos dele embora não por maldade. Juro que o tentei amar mas não mandamos no coração.

Todos os dias a mesma coisa. Tremia de cada vez que o telefone tocava mas corria imediatamente para ele com medo que a minha mãe atendesse. Ouvia-o chorar, eu chorava do lado de cá e sentia-me a pior pessoa do mundo. Não podia falar com ninguém. Não podia contar à minha mãe, tentei contar as amigas mas para elas eu só tinha que deixar de lhe dar troco. Tentei contar ao Rodrigo, ele ouvia-me mas ficava ruído de ciumes. Tratei então de guardar tudo para mim e tentar arranjar uma solução. Após alguma reflexão percebi que o meu corpo era o culpado por tudo o que me corria mal na vida. Achei que se emagrece-se  meu ex ia deixar de gostar de mim. Os outros rapazes iam deixar de olhar para mim afinal eles gostavam era de curvas. Se eu não tivesse curvas tudo iria melhorar e eu iria conseguir ser feliz.

E foi assim que eu resolvi perder 5 kg.

 

Beijinhos,

Catarina

 

Vocês perguntam. Nós respondemos #2

Está mais que na hora de respondermos à questão que a Pink nos colocou. É uma questão muito importante porque nos faz entender porque motivo não percebemos que estamos doentes. Sei que muitos terão visto, ou lido, sobre este aspecto da anorexia e certamente terão pensado que na realidade não era assim. Nós vamos explicar-vos como foi connosco.

 

P: Eu gostava de saber se aquela imagem banal de estarem magras e olharem ao espelho e verem uma pessoa gorda, corresponde a um dos sintomas da doença?

 

Catarina: Por muito estranho que pareça a verdade é que a imagem que vemos ao espelho nunca corresponde à nossa imagem real. No meu caso eu não me via gorda até porque nunca me achei gorda mas não me via esquelética. Olhava no espelho e diz-me sempre igual a como era quando comecei a emagrecer. Ia perdendo peso, a balança marcava menos, as roupas ficavam mais largas mas o espelho não acompanhava. A verdade é que a nossa mente cria que uma imagem no nosso cérebro e é essa imagem que vemos reflectida no espelho. Podemos ter menos 20 kg mas o reflexo continua inalterado.

 

Vânia: Bem, no meu caso, via-me gorda. Confesso que raramente me olhava ao espelho e só me pesava na médica mas, quando o fazia, achava que estava horrível...
O facto das minhas colegas vestirem o 36 e 38 e eu o 40 e 42 não ajudava... mas, não estava gorda. Apenas tenho as ancas grandes e tinha muito peito e rabo (que fugiram quando emagreci!). Hoje em dia sei que era isso. Mas, naquela altura, só via gordura e queria caber numas 38 - coisa que nem com 47kg's aconteceu...
Recordo-me de que o caminho da paragem de autocarro para a escola me fazia passar por umas montras e lembro-me de ver o meu reflexo e começar a chorar. Achava que estava gorda e que nunca seria magra. Que nunca iria vestir o que elas vestiam... (na altura já deveria ter os meus 50kg's pois foi depois de já ter sido diagnosticada.)
É estranho, mas acontece mesmo! Nós não nos vemos emagrecer. Não nos vemos magras. E ansiamos ser magras.

Na próxima rubrica vamos responder á nossa queria Only one girl

Para quem não nos conhece...

Percebemos agora que começamos o blog sem nos apresentarmos devidamente. Muitos dos que nos lêem já nos conhecem mas muitos não fazem ideia de quem somos. Resolvemos por isso fazer uma pequena apresentação formal.

 

- Olá eu sou a Catarina tenho actualmente 32 anos. Trabalho como supervisora num operador logístico e tenho quatro filhos que me enchem o coração de orgulho.

A anorexia entrou na minha vida tinha eu 14 anos. Durante os dois anos seguintes limitei-me a deixar que ela manda-se em mim. O meu dia a dia limitava-se a contabilizar o que comia e o que não comia. O objectivo era comer cada vez menos até que pura e simplesmente deixei de comer. Passei por um internamento, muitas consultas e terapias. Tive pontos altos e baixos até que finalmente aos 18 anos tive alta das consultas. Hoje em dia tenho uma vida perfeitamente normal. Não foi fácil, não foi rápido mas é possível.  Mais tarde vamos contar-vos as nossas histórias para que percebam que há luz ao fundo do túnel.

 

-E olá, eu sou a Vânia. Tenho 28 anos, sou do signo peixes e estou, neste momento, desempregada. Ao contrário da Catarina, só tenho um gato. Nada de filhos, ainda. :-p

No meu caso, julgo que anorexia sempre existiu na minha vida. Desde pequena que não gostava de comer nem nunca tinha fome. Deitava comida fora, dava-a aos animais ou escondia-a. Cheguei até a leva-la na boca e deita-la na sanita para a minha mãe não ver!
Sempre fui extremamente magra até aos meus 15\16 anos. Nesta altura ganhei muito peito, rabo e pernas. (Como dizem os meus amigos, estava ''boazuda''.) Devo ter tido 76 ou 78kg's mais ou menos e, em muito pouco tempo, emagreci á volta de 20kg's. Foi nesta altura que a minha mãe pegou em mim e me levou a uma consulta onde fui diagnosticada como tendo uma anorexia nervosa. Ainda emagreci mais 10kgs durante todo o processo mas, com muita ajuda e força de vontade posso dizer que fui superior a ela (lá para os 20 anos, penso eu) e que estou cá para contar a minha história.
Com o tempo ganhei gosto pela cozinha e, hoje, adoro comer! Quem diria, han? :-)

 

E somos nós!

Para quem não nos conhece, ficaram a saber um pouco das nossas histórias e de quem somos. Ao longo dos tempos vamos desvendando mais um bocado e esperamos que possamos contribuir para que exista mais informação sobre a doença da qual ambas fomos vítimas. 

Um muito obrigada a todos, mais uma vez, pelo carinho e seriedade com que nos tratam a nós e a este nosso projecto.

Agradecemos também ao blog Delito de Opinião pela divulgação do nosso blog. Muito obrigada, Pedro! 

Vocês perguntam. Nós respondemos.

Vamos iniciar hoje esta rubrica na qual vamos responder a perguntas que nos forem colocadas pelos nossos leitores. A primeira pessoa que nos colocou perguntas foi a Chic'Ana pelo que nos parece justo que sejam as primeiras a serem respondidas. Pensamos muito bem em qual seria a melhor forma de respondermos às questões uma vez que cada uma de nós teve um percurso diferente. Acabamos por concordar em respondermos ambas a cada uma das perguntas. Esperamos que assim vos seja possível perceber as nossas diferentes experiências. 

 

 

P: Gostava de vos perguntar, o que vos fez sair da doença, tiveram algum tipo de aconselhamento e acompanhamento especializado? Ou conseguiram com força de vontade e apoio dos familiares e amigos?

 

Catarina: No meu caso foi um pouco de ambas. Tive acompanhamento especializado, não só eu, como toda a família. A anorexia nervosa é uma doença que transtorna muito todos os que nos são chegados e por esse motivo os médicos promovem sessões de terapia familiar. Para além disso tive consultas de psiquiatria, psicologia, nutricionista. Passei também por um internamento de dois meses.

Este apoio especializado aliado ao apoio dos familiares e principalmente à minha força de vontade foram as armas para a vitória.

 

Vânia: Não posso dizer que tenha tido propriamente "apoio especializado" até porque aqui na minha zona (já disse que sou campónia) os médicos não estavam preparados para lidar com este tipo de doenças. Tive somente consultas semanais na médica de família onde era constantemente pesada, medida, analisada e claro, onde me receitavam vitaminas e onde me tentavam sempre assustar de alguma forma - por norma, ameaçando o internamento. Somente quando tinha dias mais complicados é que "visitava" o hospital e mais tarde tive o apoio de uma nutricionista. 

No meu caso, o principal foi a família e amigos. Devo-lhes a vida.

O que mais me marcou foi ter sempre a minha mãe e avó a telefonarem-me constantemente quando estava na escola e as minhas amigas a levarem-me aos meus locais preferidos para comer. Ainda me recordo dos primeiros telefonemas da minha avó a implorar que comesse. Foi a partir daí que as coisas mudaram.  



P: Também tenho curiosidade sobre: quando é que uma pessoa sabe que está doente? Que não passa de uma "mania de gordura" e evolui para algo mais sério? Quando se dá essa transição?

 

Catarina: Sinceramente não sei quando é que se dá essa transição e é isso que faz com esta doença seja tão assustadora. A minha mãe percebeu que eu estava doente muito antes de mim. Aliás eu levei demasiado tempo a perceber que estava doente. Pensava que estava a fazer uma dieta como quase todas as pessoas fazem. O problema é que o que a balança marcava nunca correspondia ao que eu via no espelho pelo que queria sempre perder um pouco mais.

 

Vânia: Eu acho que nós não sabemos. Nós não queremos sequer saber. A família é que poderá ver isso porque o doente não. Não sei explicar... Eu nunca achei que estava doente. A minha mãe é que um dia me viu a entrar no banho e pegou em mim levando-me à médica pois percebeu que algo estava errado . 

É fácil esconder, até um certo ponto. Eu usava roupas muito largas. Não sei se para esconder o que estava a fazer, se porque achava que vestia aqueles números, se simplesmente por gostar. Não sei. Passava pouco tempo em casa porque haviam dias em que saia tarde das aulas e outros inventava que tinha de fazer algum tipo de trabalho. Saltava as refeições assim. É uma doença confusa. A pessoa quer emagrecer,está a emagrecer mas não se vê a emagrecer. 

 

Esperemos que as nossas respostas tenham esclarecido as questões abordadas pela Chic'Ana. Na próxima rubrica vamos responder à questão colocada pela coisas do mundo Pink Poison.

Fiquem atentos e por favor vão contribuindo com mais questões através de comentários ou de mensagens privadas.

Beijinhos,

Catarina e Vânia

Toca a perguntar!

Queremos agradecer imenso a forma como receberam este blog. Obrigada. Foi muito bom sentir o vosso carinho e a vossa curiosidade sobre este tema. É sempre gratificante saber que as pessoas acreditam em nós para falar sobre isto e que nos querem ''ouvir''. 

Um obrigada também ao blog Delito de opinião pela divulgação do nosso pequeno projecto.

 

Para começar, e como queremos que façam parte deste blog, vamos pedir-vos que nos façam perguntas sobre o que tiverem curiosidade, dúvidas ou sobre o que acharem importante que falemos por aqui. Iremos depois respondendo...Queremos ajudar quem esteja a passar por esta doença mas também achamos importante poder informar e esclarecer dúvidas a quem nunca lidou com a anorexia. 

No passado fomos nós e no presente estão outras pessoas a passar por isso. Mas, no futuro, esta doença poderá estar mais próxima de qualquer um. Nós e as nossas famílias somos a prova de que não acontece só aos outros.

A informação será importante e por isso estamos interessadas nas vossas dúvidas e curiosidades!

 

Sintam-se á vontade para perguntar o que quiserem.

 

Obrigada mais uma vez! 

 

Beijinhos,

Catarina e Vânia 

E, finalmente, o Blog!

thumbnail_tumblr_inline_n8dc53m9nw1s3zd2g.jpg

 Olá e sejam muito bem-vindos ao nosso blog.

Como já dissemos nos nossos blogs pessoais, o nosso objectivo na criação deste blog conjunto,será sempre tentar ajudar (no que pudermos) quem esteja a passar por esta doença: a anorexia. Não somos médicas nem tão pouco somos profissionais desta área, sabemos apenas aquilo pelo que passámos e esperamos poder ajudar contando as nossas próprias histórias e mostrando as nossas vitórias.

Esperamos também poder falar e mostrar o lado de outras pessoas que tenham passado ou estejam a passar por uma situação igual ou semelhante às nossas (poderão contactar-nos por aqui ou por email). Queremos mudar mentalidades e preconceitos relativamente a esta doença e mostrar o lado de quem é anoréctico. 

Tendo ambas sofrido de anorexia, sabemos o importante que é sentir apoio nesta fase das nossas vidas. Pelo que, estamos aqui! Se nos quiserem contar a vossa história, se quiserem desabafar, se quiserem contar os vossos medos e anseios, e até se quiserem partilhar no nosso blog a história pela qual passam ou passaram... estamos aqui!

Espero que nos venham visitar e nos possam dar o vosso feedbak. Aceitamos sugestões e criticas, desde que NUNCA (mas mesmo nunca) usem essas mesmas criticas contra quem sofre ou sofreu desta doença. É um tema demasiado sensível, pelo que teremos sempre o cuidado necessário ao falar sobre ele e pedimos para que também o façam. Caso se verifique o contrário, faremos queixa nas entidades responsáveis. (Eu sei que não deveria de existir necessidade de escrever isto mas, infelizmente, há sempre engraçadinhos que tentam gozar com tudo e decidi que seria melhor deixar tudo claro no primeiro post.)

Nós somos a Catarina e a Vânia. A mesma doença, histórias diferentes mas o mesmo final... A vitória! 

Sintam-se bem vindos pois serão sempre bem-vindos!